Poema OCO

sábado, 19 de janeiro de 2008

E quando não vem nada na cabeça?
Merda
Merda não preenche vazios...
Apenas seca o bucho
E ajuda a viver
Uma vida infeliz,
insossa e desbotada,
que, esgotada das desgraças,
segue o vazio sem ameaças.
Onde o meu oco fica mais oco?
Ausente desse mundo louco
Sigo a vida tentando encontrar um rumo,
um destino,
algo que satisfaça aos outros e não a mim.
Que vida é essa?
Vela na proa... à deriva.
Embalado por canções
Tristes e ocas.
Liberte-me dessa solidão,
Desconstrua-me!
“Dessufoque-me!”
Preencha o oco que existe em mim.


Ines Guimarães e Leônidas Vidal, numa noite de msn.

3 comentários:

Patrícia Telles disse...

Gostei do poema. É oco, mas diz muita coisa.

Anônimo disse...

De um oco produtivo, diria. (Germano)

Anônimo disse...

Muito profundo, digno de séculos de reflexões...