Sexta-Feira em CRISE
Postado por Ines Guimarães, Leônidas Vidal, Patricia Telles. Estudantes de jornalismo na UNEB - Juazeiro/BA e OCOS às 18:46 5 comentários
Sobre ontem e as seqüelas
segunda-feira, 12 de maio de 2008
O dia das mães já é ontem. Mas o ontem deixou seqüelas. Eu que sempre reclamei atenção agora não consigo ouvir. E eu com isso?, é só o que consigo pensar. Perdi o interesse. Não vejo sentido nas coisas que falam. Será que são as coisas que estão sem sentido? Alguém ri de algo idiota. Iguala-se e não me vê. É ele o idiota? Irrita-me tanta irritação interna. Precisa sair, vulcanizar, extrapolar as fronteiras de mim. Eu não caibo mais em mim. Acho que essa frase não é minha. Mas o que importa? É exatamente isso que foi dito agora. Nada disso tem importância. Tudo vai seguir tortamente o fluxo da vida e acabar de forma brusca em algum quarto podre, escuro e solitário. Danem-se as coisas, danem-se os pensamentos elevados. Eu odeio gente arrogante, gente prepotente, gente áspera. São ressequidos como o solo que levou meu espelho. Tolos, são todos tolos e estúpidos, incapazes de perceber. Por que não me percebe? Não sei o que Jim Morrison pensava quando embriagado cantava “people are strange, when you´re stranger faces look ugly when you´re alone”. Mas a música me reflete, simboliza e incorpora o meu sentir. Pseudo-sentires. Fracos e impessoais. Não entendeu que nada disso me importa mais? Não consegue ver que meus olhos faíscam perante a imutabilidade desse querer saber, ter, dizer que quer e que sabe e que tem?
Sinto-me mais leve. Ou menos pesada. Ou menos cheia de tormento. Ou menos. Ou mais. Ela me irrita. Tudo que o envolve que não esteja ligado a mim me irrita. Contradições. Tépida, cálida. Gosto de palavras proparoxítonas. Elas sempre parecem dizer mais do que realmente dizem. Mãos. Ultimamente tenho atentado-me a elas. Vontade de pegar. De fazer carinho. Simples carinhos. Simples mãos. Simples simples. Tudo meu parece simples. Acho que porque não existe de fato. Impensamentos. Isso existe? O ato de não-pensar engrandece porque nos torna capazes de inviver quando se quer. Ser capaz de não se ser, na hora em que não vale a pena se ser. Precisava disso. De uma tarde dedicada às minhas imprecisões porque elas têm sido muitas. Muitas e cada vez mais imprecisas.
Postado por Ines Guimarães, Leônidas Vidal, Patricia Telles. Estudantes de jornalismo na UNEB - Juazeiro/BA e OCOS às 18:37 2 comentários
Armas químicas e poemas de amor
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Naquela tarde, só queria que me olhasse
Mas nem eu tive coragem de olhar
Se você conseguia perceber alguma coisa
Queria, então, apenas um beijo
Holocausto em mim
É difícil te esquecer
Por mais que eu tente, as lembranças permanecem aqui
Como cortes em carne viva
Como bomba atômica em constante explosão
Isso tudo dentro de mim, e por causa de você
Parece que estou em uma guerra constante
E tudo isso não cabe mais em mim
Arma química consumindo meu ser
Consumindo o tempo e não vivendo
É tudo em mim, ah cadê você?
Destruindo meu viver
Dando fim ao início de todo esse tormento
Atormentando-me no inicio de meu fim.
Poema feito em mais uma noite construtiva de MSN, por quatro (ou oito) mãos nervosamente tocadas por algo oco. Por Inês Guimarães, Leônidas Vidal, Patrícia Telles e a participação oca e especial de Ludmillie de Castro.
Postado por Ines Guimarães, Leônidas Vidal, Patricia Telles. Estudantes de jornalismo na UNEB - Juazeiro/BA e OCOS às 19:43 2 comentários