Fidel renuncia. E agora, Cuba?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008




Foram 49 anos no poder. Inabalável por todo esse tempo, não lhe faltou ousadia para enfrentar sozinho e de peito aberto o capitalismo e a maior potência mundial. Tacharam-lhe de ditador. E talvez o tenha sido se analisarmos cuidadosamente a trajetória de Fidel Castro diante de Cuba desde a Revolução Comunista de 1959. O mundo o repreendeu e, liderado pelas forças americanas, fechou-se ao redor de Cuba.

19 de fevereiro de 2008. Em carta publicada no Granma, jornal do Partido Comunista Cubano, Fidel anuncia que não voltará a assumir a presidência, pondo fim a uma era alternada entre atentados, crises econômicas e surpreendentes níveis de saúde e educação. 81 anos, vencido pelo que denomina como um de seus maiores inimigos, Fidel já havia transferido os poderes presidenciais a seu irmão Raúl Castro desde julho de 2006.

A pergunta que não quer calar: Cuba continuará nos padrões Fidel? Não tardou para surgirem propostas de democratização. Em primeiro plano, cheio de boas intenções com o sofrido povo cubano, o todo-poderoso George W. Bush anunciou que os Estados Unidos ajudarão a transformar o sistema político da ilha, talvez como fizera com o Afeganistão. Não muito atrás, países da União Européia declararam apoio às reformas, “tratando de dar tranqüilidade ao povo cubano”, como pronunciou o governo espanhol.

E agora, Cuba?



Inês Guimarães (de novo, rsrsrsr)

5 comentários:

Anônimo disse...

Agora la marcha continua...

Germano Viana Xavier disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Germano Viana Xavier disse...

Cuba: "CASTROu-se..."

Anônimo disse...

Acredito que a renúncia do camarada Fidel é um fator negativo para as bases do poder cubano. Todavia, mesmo após seu afastamento as decisões terão sempre a batuta do grande líder. É com essa renúncia que fica clara o temido poder do líder frente a comunidade internacional. Agora, parece que todos os países querem engolir Cuba como se fossem pedófilos desejando a pequena garota orfã.

mari lou disse...

acho q fidel sabe da não imortalidade d tds os seres, inclusive dele. não acho que o poder em cuba ñ tenha se preparado e ñ gestado lideranças para continuar o legado d fidel. mas é claro, o jogo político é como a vida, é feito d gente, e mudanças podem acontecer na conduta d cuba.

vamos ver o q vem.

adiante a história.